Férias Animadas com a oficina de Filosofia com Cinema para Crianças em Salvador do Monte
Dia 1
E eis que regressei à EB/ JI Salvador do Monte. Estive com 27 crianças maravilhosas dos 4 aos 10 anos.
Começamos por ouvir um filme. O filme “Perfeito” criado no contexto de uma oficina de cinema de animação pela Casa Museu de Vilar (Abi Feijó, Iolanda Pinheiro), os alunos do 5º D e o professor Jorge Carvalho da EB de Lousada Este – Caíde de Rei.
As crianças ficaram surpreendidas e muito interessadas. Como poderia haver um filme sem imagens? O que nos pode contar a música e os sons do filme?
Descobriram muitos pormenores e a Gabriela disse que poderíamos “imaginar as imagens”. Será que os sons poderiam ajudar a recriar as imagens? Cresceram interrogações: O que significaria ser Perfeito? Quem seria perfeito? Haverá alguém perfeito? Por que é que alguém quereria ser perfeito?
O desafio seguinte consistiu em desenharem o/a protagonista. E os resultados foram surpreendentes. Todos falaram dos seus desenhos. E parece que a “perfeição” não tem sexo…ou será a “imperfeição”?
No fim da sessão apresentei-lhes o mirascópio e estereoscópico. Divertiram-se muito a manuseá-los. Até a D. Paula e a Ana quiseram experimentá-los.
Dia 2
Continuamos a oficina de Filosofia com Cinema para Crianças (FcCpC). Há conceitos a aprofundar, exemplos e justificações a apresentar, escutando – em diálogo colaborativo e construtivo -, os diferentes pontos de vista.
Na hora do lanche, a Gabriela descobriu um coração lindo. Acho que tem razão. O coração está onde quiser(mos).
E no intervalo, as crianças continuaram a brincar e a divertir-se sempre em/com movimento e graciosidade.
Decidiram batizar o protagonista do filme “Perfeito”. Trata-se de um exercício de argumentação lógica, de criatividade, de trabalho colaborativo, de respeito pelos pontos de vista do outro. Cada um apresentou um nome e defendeu-o. Venceu o nome mais votado.
Aquele que se achava “perfeito”, afinal era imperfeito. Imperfeito, eis o nome escolhido associado a outra descoberta e interrogação filosóficas: a imperfeição pode ter aspetos positivos? Uma “perfeição imperfeita” não é contraditória?
Decidimos criar taumatrópios. Cada um criou o seu e depois fizemos uma grande festa de taumatrópios!
Dia 3
Não estava previsto a FcCpC estender-se por mais um dia, mas às 9 horas já estava na escolinha. Teria falta uma injustificada se não fosse ao último dia de diversão do ATL.
Ontem, as crianças pediram-me para levar o praxinoscópio que conheceram na Páscoa. É sempre encantatório, não é?
Muito obrigada a esta Associação de Pais que, por intermédio da proativa Joana Nunes, me contactou pela segunda vez, à Paula, Fernanda, às Anas desta escolinha, à minha ex-aluna Joana, voluntária da Câmara Municipal de Amarante e, claro, à Junta de Freguesia de Salvador do Monte. Foram uma simpatia. Estas crianças rejuvenescem-me. Até ao próximo ano letivo!