E eis que a rede de afetos potenciada pelo OPJ 2021-22 se amplia numa atividade plural designada “Fixar memórias” daqueles que têm experiências, histórias, conhecimentos, emoções à espera de serem escutadas, as pessoas idosas.
O OPJ tem a autoria dos ex alunos da ESA, Margarida Carvalho Teixeira, Ana Rita Alves Nunes Teixeira, David Emanuel Barbosa Ribeiro, David Manuel Lima Santos , Dulce Daniela Ribeiro Moura, Inês Filipa Magalhães Gomes (N.°10) e Maria Leonor Alves Nunes Teixeira, com os quais eu e a Sandra Santos tivemos o privilégio de colaborar.
Este projeto visa repensar a condição dos idosos segundo uma praxis humanizadora e teve uma interrogação propedêutica a todo o processo: Como proporcionar uma vida mais Feliz aos (nossos) idosos?
E nesta rede de partilhas intergeracionais, e colaborando com a Câmara Municipal de Amarante, eu, os alunos 3º B da Escola n.º2 de Amarante e a professora da turma, Arminda Jerónimo, assistimos e dialogamos sobre os vídeos que estes protagonistas (cineséniores) da existência fizeram. Depois, as crianças selecionaram e
desenharam o que mais os marcou: os rostos, as casas, os montes, a lareira, a vela, os pés descalços, as rugas, o vestido de casamento, etc.
Ontem, a antiga Casa da Cadeia vestiu-se de fotografias, de vídeos, de desenhos, mas sobretudo de muita alegria com o belíssimo encontro entre estas Crianças e estes Séniores.
E sob a batuta do prof. Campos, os petizes surpreenderam os idosos com uma música cantada e tocada ao som das violas amarantinas!
Tive oportunidade também de apreciar o filme documentário que resultou do workshop orientado pela Patrícia Nogueira com estes (cine)séniores.
Menos manuais e mais ações interventivas, esclarecidas e cooperativas entre várias gerações e instituições na comunidade ajudarão a criar aprendizagens significativas e duradouras.
Ontem, (re)construímos memórias plenas de sentido(s) e fomos mais felizes.
[Parabéns a todos os envolvidos.]